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Missão Especial contra o Crime Organizado

No Estado do Espírito Santo, o Ministério Público Federal ajudou a sociedade capixaba a virar uma das mais sombrias páginas de sua história, em que o crime organizado encontrava-se incrustado em toda a estrutura política, administrativa e jurisdicional.

Este trabalho foi capitaneado pela Missão Especial de Combate ao Crime Organizado, criada em 2002. No âmbito do MPF, a Missão foi criada por meio da Portaria PGR nº 574/2002 e era coordenada pelo subprocurador-geral da República José Roberto Santoro, além de contar com os procuradores da República Ronaldo Albo, Marcelo Serra Azul e Roberto Ferreira, além de Henrique Herkenhoff, então procurador-chefe da PR/ES.

Além dos membros do MPF, também integravam a Missão Especial representantes da Polícia Federal, Receita Federal e Polícia Rodoviária Federal. Ela foi criada em um contexto turbulento e que antecedia a disputa eleitoral outubro de 2002.

“Na qualidade de procurador-chefe, eu vinha tentando dar materialidade aos reclamos do movimento Reage Espírito Santo contra a corrupção no Estado. Como não se decidiu pela intervenção da União, a solução foi a criação da Missão Especial”, destaca Henrique Herkenhoff.

No primeiro ano de atuação a Missão enfrentou diversas dificuldades, entre elas a contra-atuação por alguns de seus integrantes. Como por exemplo, a identificação de um policial federal que compunha a Missão e já havia sido filiado à Scuderie Detetive Le Cocq; a execução de um preso que era réu-colaborador e testemunha contra o coronel da Polícia Militar Walter Gomes Ferreira, que era considerado o chefe do braço armado do crime organizado no Estado. O preso estava na carceragem da Polícia Federal desde agosto/2002 e foi transferido para o presídio Monte Líbano, sem justificativa, em novembro/2002, onde foi executado. O fato gerou a exoneração do então superintendente Regional da Polícia Federal no Estado.

Em março de 2003, quando o combate às organizações criminosas já adquiria dimensões significativas, foi assassinado o juiz da Vara de Execuções Penais e integrante da Missão Especial, Alexandre Martins de Castro Filho.

“Muitas coisas foram marcantes no período da Missão Especial. O apoio da população, a amizade e coleguismo que se expandiram até outras instituições, mas tivemos a nota amarga que foi o assassinato do juiz Alexandre. Todos sabíamos que em algum momento um de nós seria vitimado e, para falar a verdade, cada um se preocupava pouco com a própria segurança e muito com a dos demais. Quando perdemos o Alexandre, ninguém teve uma reação de medo, mas foi difícil aceitar a perda”, pontua Henrique Herkenhoff.



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