Em 17 de março de 2014, é deflagrada a primeira fase da Operação Lava Jato, objetivando cumprir mandados de busca e apreensão, prisão preventiva e temporária, e condução coercitiva de membros de quatro organizações criminosas. Em 20 de março, Paulo Roberto Costa, diretor da Petrobras, é preso e a Procuradoria da República no Paraná o denuncia pelo crime de obstrução à investigação de organização criminosa, em 21 de abril de 2014.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, designa, em 7 de abril de 2014, uma força-tarefa para analisar o material apreendido. São oferecidas 12 ações penais em face das organizações criminosas, envolvendo 74 denunciados pela prática de crimes contra o sistema financeiro, formação de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção e peculato.

As provas colhidas na fase inicial indicam a existência de um grande esquema de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo diretores da Petrobrás. O aprofundamento das investigações e os desdobramentos do caso fazem da Operação Lava Jato a maior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro do Brasil.

As equipes de investigação da força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) concentram esforços, além da Procuradoria da República no estado do Paraná, no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul, em São Paulo e na Procuradoria-Geral da República.

Essas forças-tarefas da Lava Jato já instauraram, entre 2014 e 2018, mais de 1.700 procedimentos, com mais de 900 mandados de busca e apreensão, 120 mandados de prisão temporária, mais de 400 pedidos de cooperação internacional, cerca de 20 ações conjuntas entre o Ministério Público Federal (MPF), a Polícia Federal e a Receita Federal. A solicitação de reparação de danos ultrapassa o valor de R$ 2 bilhões de reais, e os valores ressarcidos, até maio de 2018, somam mais de R$ 38 bilhões de reais.


Fontes consultadas:

BRASIL. Ministério Público Federal.Site da Lava Jato. Disponível em: http://www.mpf.mp.br/para-o-cidadao/caso-lava-jato. Acesso em: 5 nov 2018.