Em agosto de 2005, integrantes de uma quadrilha furtaram 164,8 milhões de reais do cofre do Banco Central em Fortaleza, capital do Ceará. “O Assalto ao Banco Central”, como ficou popularmente conhecido e que virou até enredo de filme, levou aproximadamente  três meses sendo planejado.

Com informações privilegiadas de um contato interno e plantas do edifício do banco, um grupo alugou uma casa próxima e cavou um túnel de 80 metros até o cofre. Além dos assaltantes, a ação contou com a ajuda de “laranjas”, ex-funcionários do banco, interceptadores e vários outros participantes, somando um total de mais de 100 pessoas envolvidas no plano.

Posteriormente à decisão em primeira instância, os recursos começaram a chegar ao tribunal superior, tendo o TRF da 5ª Região, seguindo os pareceres do Ministério Público Federal da 5ª Região, negado vários pedidos de habeas corpus dos acusados.

Após dezenas de prisões, instaurações de processos e julgamentos, o caso seguiu para o STJ, que decidiu pela condenação, por furto qualificado, formação de quadrilha e uso de documento falso, de vários envolvidos no furto, entre eles os líderes da ação Antônio Jussivan Alves dos Santos, Davi Silvano da Silva, e Moisés Teixeira da Silva. Até outubro de 2020, cerca de 50 milhões de reais provenientes do furto haviam sido recuperados.

Foto: Banco Central do Brasil/cortesia