A operação Lava Jato é a maior iniciativa de combate à corrupção e lavagem de dinheiro da história do Brasil. Iniciada em março de 2014, com a investigação perante a Justiça Federal em Curitiba de quatro organizações criminosas lideradas por doleiros, a Lava Jato já apontou irregularidades na Petrobras, maior estatal do país, bem como em contratos vultosos, como o da construção da usina nuclear Angra 3.

Com a deflagração da 7ª fase, em 14 de novembro daquele ano, chamada de Juízo Final, foram feitas as prisões dos primeiros empreiteiros e de novos operadores do esquema de desvio de recursos da Petrobras. Na mesma operação foi decretado o bloqueio de aproximadamente R$ 720 milhões em bens pertencentes a 36 investigados. Ao todo, foram efetuadas 27 prisões, realizadas nove conduções coercitivas e 49 ações de buscas e apreensões. Logo, percebeu-se que o volume de procedimentos que chegariam à PRR4 em grau de recurso seriam impossíveis de serem analisados por apenas um procurador regional da República.

Por isso, o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, assinou a Portaria MPF nº 206, de 18 de março de 2015, criando uma força-tarefa na Regional, composta inicialmente de cinco membros e depois reforçada por mais um.