Técnico de vigilância faleceu no último dia 14

O técnico de apoio especializado/vigilância Claudeler Júlio Francisco faleceu no último dia 14, aos 74 anos. Casado com Acelina Francisco, ele ingressou no MPF em 15 de junho de 1983 e estava aposentado desde 12 de maio de 1997.

A coordenadora da CGP, Cynthia Orengo, lembra com carinho do "seu Claudeler":

"Quando entrei no MPF, o seu Claudeler era responsável pela Reprografia, com fama de “bravo”. Me avisaram que ninguém poderia furar a fila do xerox, que ele não deixava, nem os procuradores. Sempre foi muito querido e solícito. Ao contrário dos avisos, deixava eu furar a fila, quando o assunto era urgente. Pescador tradicional, com rancho na Costeira, foi ele quem me falou sobre a Lagoinha do Leste logo que cheguei em Floripa. Ele pescava lá e, naquela época, poucas pessoas conheciam o local. Ele sabia que eu mergulhava e deu dicas de locais que até são pouco explorados, como as cavernas do Pântano do Sul.

Tivemos a felicidade de homenageá-lo em vida, por ocasião do evento Inativos na Ativa, em 2018. O Programa de QVT da PR/SC, o Bem Viver, partindo do questionamento "para o homem ser ativo, é preciso que esteja trabalhando?", concebeu o evento "Inativos na Ativa: a Aposentadoria é só o Começo", uma mostra de talentos dos servidores aposentados, visando à inclusão e integração dos colegas inativos, que tanto contribuíram para a atuação da instituição no estado. Para a mostra, naquela oportunidade, o colega Claudeler mostrou uma das redes de pesca que ele produzia."

O servidor da Assessoria Jurídica José Roberto Cardoso fala do manezinho de olhos claros:

"Claudeler, mais conhecido como Seu Cláudio pelos colegas de trabalho, era uma figura ímpar. Características de um bom manezinho, com uma mistura bastante peculiar: olhos azuis, loiro, pele clara, o que passaria tranquilamente como descendente de germânicos, mas é dessa forma que se deu a colonização da nossa querida cidade, tudo junto e misturado.

Tinha como hobby ou, numa expressão mais apropriada, tinha como passatempo, nessa terra maravilhosa que o concebeu, a pescaria, o mar, a canoa, as redes de pesca, a comida regada com um bom camarão e belo peixinho frito. Assim passou seus dias e nos deu o presente de integrar os quadros do MPF.

O MPF continua, com a evolução do tempo, seguindo a transformação do mundo do trabalho, mas deixaria de existir sem a presença de pessoas como o Claudeler, que, embora assim como todos nós seja mais um passageiro, deixa o registro de sua história pessoal, auxiliando que a identidade da instituição não sobrevive sem seres humanos comuns, especiais e imprescindíveis."