Deflagrada em abril de 2008, a Operação Titanic desarticulou uma organização criminosa que atuava na importação subfaturada de automóveis e mercadorias de alto luxo. O prejuízo para União foi estimado em mais de R$ 7 milhões. O MPF/ES denunciou 21 pessoas, entre eles estão empresários, contadores, despachantes aduaneiros e servidores públicos federais.

Capitaneada pelo empresário capixaba Adriano Mariano Scopel, proprietário da Tag Importação e Exportação de Veículos Ltda., uma das maiores importadoras de veículos de alto luxo do país, a quadrilha utilizava o Terminal Portuário de Peiú, um dos mais importantes da Região Metropolitana de Vitória, como pátio de negócios. O detentor da exploração da concessão do terminal de Peiú é o pai de Adriano, o empresário Pedro Scopel, sócio do filho na Tag Importação e Exportação.

As ações penais produzidas a partir das investigações tratam de crimes de formação de quadrilha, descaminho, corrupção ativa e passiva e tráfico de influência. A Operação Titanic rendeu à PR/ES o 3º lugar no 1º Prêmio Destaque Institucional da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).