Tomei posse no MPF em junho de 2005 e vim para o Espírito Santo, tendo sido inicialmente lotada na então recém-criada Procuradoria da República no Município de Colatina, que ajudei a implantar. A PRM foi uma experiência muito enriquecedora e onde aprendi a lidar com as conquistas e dificuldades do exercício do cargo de procuradora.

Daquela época, trago com orgulho lembranças de minha atuação em ações civis públicas relativas a irregularidades na duplicação da avenida beira-Rio e à realização de obras emergenciais na BR-259, além de ações de improbidade administrativas decorrentes dos desmembramentos da Operação Sanguessuga e de trabalhos diferenciados junto ao GT-Transportes, que integrei à época.

Em 2007 fui removida para Vitória e passei a atuar no ofício criminal, onde pude me especializar e atuar na repressão a diversos crimes federais, destacando-se minha atuação, isolada ou em conjunto com outros colegas, nas Operações Titanic, Mediador e Orion, relativas, respectivamente, a crimes de subfaturamento em importações no Porto de Vitória, tráfico de pessoas, crimes financeiros e lavagem de dinheiro envolvendo a pirâmide Telexfree.

Na PRES tive a honra de poder desempenhar diversas funções, tendo sido coordenadora Criminal, coordenadora de Estágio, procuradora-chefe e procuradora Regional Eleitoral, sempre com o apoio de procuradores e servidores muito dedicados e cuja competência me estimula continuamente a fazer o melhor trabalho possível.

O fato é que, mais do que um simples local de trabalho, o MPF e a própria Procuradoria da República no Espírito Santo sempre representaram, para mim, um aspecto essencial da minha vida, tendo sido mais que uma escola e uma profissão, mas a instituição e o ambiente que me definiram como pessoa e graças aos quais fiz grandes amizades, algumas delas até hoje mantidas, ainda que os colegas já tenham sido daqui removidos.