Atendendo a uma recomendação do MPF no Espírito Santo, o Banco Central anunciou, em fevereiro de 2010, mudanças nas cédulas de Real com diferenciação por tamanho e cor e com novas marcas táteis em relevo, atendendo à garantia de acessibilidade a cegos e deficientes visuais. O documento foi encaminhado pelo procurador da República André Pimentel ao Banco Central e à Casa da Moeda.

O Real já contava com mecanismos de percepção táctil, mas eles não vinham se mostrando eficientes para permitir que cegos e portadores de grave deficiência visual lessem essas notas. Por dependerem de outras pessoas para distinguir as cédulas e moedas, eles ficavam suscetíveis a enganos e embaraços. A intenção do MPF foi garantir aos cegos e deficientes visuais a possibilidade de manejo autônomo e seguro do dinheiro.

A Procuradoria sugeriu na recomendação, a adoção simultânea de tamanhos e cores diferentes. Esse modelo de diferenciação, inclusive, foi adotado no Euro em 2002 a pedido da União Europeia de Cegos. A Inglaterra também adota cédulas de tamanhos diferenciados. Também têm cédulas de leitura acessível aos cegos o Canadá, a Índia e o Japão.